César Augusto Cielo Filho nasceu no interior de São Paulo. Treina e estuda nos Estados Unidos, e nada pelo Esporte Clube Pinheiros. Havia ganho bronze nos 100m livre, e preparou-se para exibição de gala na última prova com Brasil na piscina. Indo para a piscina se benze, faz uma última prece. O gesto seria repetido antes da subida no pódio.
Cesão fez muito mais. Deu à natação brasileira o primeiro ouro olímpico da história. Com 21s 30, superou adversários também vencedores, e comemorou feito criança. Além do recorde olímpico, lágrimas que se misturavam à água clorada. Os socos na água deviam exprimir o alívio de ver todo trabalho recompensado. Distância da família, treinos exaustivos, tudo valeu a pena. O Brasil estava no topo do pódio.
Não vou - nem cabe - comparar essa medalha com os sete ouros do Phelps. A comemoração do brasileiro, contudo,valeu mais que todas do estadunidense. Cesão foi o único atleta que chorou ao ouvir o hino de seu país. E continuou chorando, até descer do pódio e chamar a equipe de natação para, junto dos colegas, compartilhar seu feito, sua alegria. Foi aplaudido de pé por todos os presentes no Cubo d'Agua. Chorou, vibrou, extravasou; como um campeão tem que fazer. Cesão, o número um.
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